Jurema 28cm
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Cabocla Jurema é uma falange espiritual cultuada em religiões de matriz africana, como umbanda e o candomblé de caboclo — em sincretismo com rituais de ramificações religiosas, como o animismo dos povos indígenas do Brasil, sobretudo no catimbó, onde estão ramificados os rituais de pajelança e no toré. O termo “jurema”, no universo espiritual é polissêmico
A palavra jurema é de origem tupi, uma junção dos termos “ju” (espinho) mais “rema” (cheiro ruim), que pode ser traduzida para o português como “espinho fétido” ou “espinho de cheiro ruim”.[3][4] Obviamente, referindo-se à árvore jurema. De acordo com a história, a Cabocla Jurema, quando humana, foi abandonada por sua mãe, aos pés de uma árvore denominada jurema, quando tinha apenas sete meses de vida, mas foi resgatada pelo Caboclo Tupinambá, por quem foi criada. Mais tarde, ela acabou se tornando cacique de sua tribo e primeira guerreira desta. Era destemida e não abaixava a guarda, mas um dia ela se apaixonou por um caboclo chamado Huascar, de uma tribo inimiga, da “Terra do Sol”. Ele estava aprisionado, por ter sido capturado pela tribo de Jurema, em uma batalha. Esse sentimento (o amor) tornou-se seu maior adversário, pois sabia que se ela se entregasse a isso, seria expulsa de sua tribo. Tendo certeza de que ela o encontrara não por acaso e vendo um futuro nos olhos dele, ela o libertou e fugiu com ele, ao mesmo tempo em que era perseguida por guerreiros da sua própria tribo. Na fuga, Jurema foi atingida por uma flecha, direcionada a seu amado. A flecha atingiu seu peito e ela caiu sem vida no mesmo lugar. Huascar, então, voltou à Terra do Sol, fundou seu império nas montanhas e ergueu um templo dedicado à Cabocla Jurema. No lugar onde ela morreu nasceu um girassol, e é por isso que se diz que sua coroa brilha como o Sol. Jurema, por sua vez, se tornou a entidade espiritual Cabocla Jurema.[5][6] No universo indígena, o recanto da Jurema é um céu com fundo vermelho e com montanhas no horizonte, que parece representar as matas brasileiras. Este céu é seu reino espiritual, onde estão resguardadas as almas dos seus filhos legítimos e dos índios “encantados”, que são seus colaboradores. Na história da vida da Cabocla Jurema é relatado que ela era uma jovem índia que mantinha relacionamentos amorosos com vários parceiros e, por isso, engravidou muito cedo, sendo assim, seus filhos eram entregues aos cuidados das mulheres mais velhas da sua aldeia; mas isso era feito com o objetivo de multiplicar sua descendência, que seria todos índios guerreiros. Sua morada física é identificada como uma grande oca, nas matas, onde residem todos os índios filhos e as entidades que lhe pertence. Seu reino seria formado por sete cidades, que são as sete ciências da Jurema: Vajucá, Junça, Catucá, Manacá, Angico, Aroeira e Jurema. Outros estudos sugerem 11 cidades: Juremal, Vajucá, Ondina, Rio Verde, Fundo do Mar, Cova de Salomão, Cidade Santa, Florestas Virgens, Vento, Sol e Urubá. Ainda outros apontam sete cidades, mas algumas com nomes diferentes: Vajucá, Urubá, Juremal, Josafá, Tigre, Canindé e o Fundo do Mar. E, ainda, outros estudos indicariam cinco cidades, que seriam as quatro primeiras, mais Tanema (ou o Reino de Iracema). Alguns cantos dedicados à Jurema sugere que quando ela é evocada, emerge do tronco da árvore de mesmo nome, tanto ela como também seus colaboradores encantados (conhecidos como Babá Egún), ou seus filhos. Para os juremeiros, como são chamados os praticantes, a Jurema sagrada é a religião primaz do Brasil, pois existe desde antes de o país ser colonizado. O culto à Cabocla Jurema foi severamente censurado pela Igreja Católica, quando no século XVIII, foi registrado no processo N° 4 884, de 1 de julho de 1741, em Recife.[3][7][8] A história sugere que a Cabocla Jurema pode ter raízes também em outros países, como Egito, onde se fazia uso de uma planta da família das acácias, denominada Acacia nilotica; na Índia, onde se fazia uso da planta Acacia suma, na Arábia, onde se utilizava a Acacia arabica; assim como também os Incas. Outros povos primitivos que habitavam às margens do rio Orinoco utilizavam as plantas Acacia cebil e Acacia niopo, respectivamente.
Informação adicional
Peso | 3 kg |
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